No nosso Laboratório, nós estudamos diversos aspectos da Física da Atmosfera: aerossóis e poluição do ar; mudanças climáticas; nuvens, convecção e vapor de água. Fazemos isto tanto do ponto de vista experimental, realizando experimentos de campo na Amazônia ou utilizando observações a partir de satélites, quando do ponto de vista de modelagem numérica. A física da atmosfera é uma área em grande expansão, com muitas oportunidades surgindo. Pessoalmente, minhas principais linhas de pesquisa são:
1) Transporte de vapor de água em larga escala na América do sul, a evapotranspiração da floresta Amazônica e sua influência na precipitação subtropical. Trabalho nisto tanto do ponto de vista climatológico, quando de eventos extremos. Tanto usando técnica tradicionais de climatologia, quanto técnicas de sistemas dinâmicos, como redes complexas. Atualmente, desenvolvo esta linha dentro de uma cooperação Brasil-Alemanha que apoiado por dois projetos: um temático da Fapesp e um IRTG do DFG-Alemanha.
2) Sensoriamento remoto com laser. Utilizo um LIDAR para estudar nuvens, vapor de água e aerossóis na Amazônia onde realizamos medidas contínuas a 5 anos. Estamos estudando as nuvens cirrus e seus efeitos no balanço de radiação; nuvens mistas e o processo de formação de gelo; e os aerossóis e como eles absorvem o vapor de água. Além do nosso instrumento, trabalhamos também com dados recentemente obtidos (2014-15) dos experimentos GoAmazon e CHUVA. Desenvolvo esta linha em colaboração com o IPEN-SP, iFT-Leipzig, Alemanha, e com a Universidade de Granada.
3) Convecção tropical em escala meso ou menor. Procuro entender o papel do vapor de água na convecção (livre, sem forçante de larga-escala). Utilizo dados de estações GNSS na Amazônia (uma rede de 20 estações, com separação de 5 a 80km, que mede o integrado de vapor de água), além de dados de estações meteorológicas, e satélites. Trabalho em colaboração com a UNAM, México, e com a U. Washignton.
4) Modelagem numérica. Comecei a trabalhar com modelos numéricos durante meu pós-doutorado no INPE. Atualmente, utilizo principalmente o modelo regional WRF ou WRF-Chem (versão com química da atmosfera) para entender o efeito da poluição urbana na população natural dos aerossóis, e qual consequência disso para a formação de nuvens. Também utilizo o WRF como modelo tipo LES para estudar a interação do vapor de água e da convecção. Trabalho em colaboração com a UNIFESP e com a Universidade de Harvard.
5) Medidas in-situ de aerossóis. Procuro entender como as propriedades físicas e ópticas dos aerossóis estão conectadas a diversos processos físicos na atmosfera. Concentramos nossas medidas atualmente na torre ATTO (Amazonia Tall Tower Observatory, 300m tower located 100km North of Manaus). Este é um projeto em colaboração com o MaxPlanck na Alemanha.
Em todas estas áreas, é possível realizar IC, mestrado, doutorado ou pos-doc. No caso de pós-graduação, é possível fazer sanduíche no exterior. Ficou interessado? Entre em contato.